Hoje, será o meu fim?

Hoje olhei pra dentro de mim e não me encontrei,não me reconheci.
Onde será que está minha essência,onde está meu eu
Me sinto tão frágil hoje, tão sozinha, que o mundo
Perdeu a cor, o som.
Tento sem sucesso reverter essa minha situação e não
Consigo, e me vejo numa tristeza profunda, sem escape
Sem solução, o meu remédio não existe, ou simplesmente eu
não alcanço de tão alto.
Coloco uma música, mas ela já não me toca, leio um poema,
Mas ele não me comove, hoje não teria nada pra oferecer a ninguém
A não ser o meu cálice de dor, angústia, de amargura.
Não me procurem hoje amigos, hoje sou só desilusão e tédio.
onde está minha vida, minha alegria, onde foi que perdi meus
sonhos de hoje, meus anseios, meu riso?
Quero ir nem mesmo sei onde, mas também não quero estar,
Hoje, só por hoje eu não queria existir, queria deitar e apagar
o HOJE, pra ver se amanhã tudo passa.
Viro a cabeça pra trás para ver se ordeno os pensamento mas
só sinto uma dorzinha na nuca. Deve ser pela tristeza da minha
alma.
Nem mesmo as lágrimas caem pra aliviar minha lamúria, à noite
segue e com ela adentra toda minha solidão, todo meu sufoco.
Com doe estar assim, e uma dor que não cessa.
Essa dor é uma inimiga forte pois ela me ataca e eu não consigo
defender-me, pois ela é invisível e me atinge em todos os ângulos
E ela acertou em cheio,um dos meus principais órgãos o meu coração.
E só espero que ele não pare senão será o meu fim.
O meu fim.

 

Rúbia C. Ferreira de Freitas

Rúbia Célia Ferreira de Freitas
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