Contra-me mentiras como anedotas

 
Contra-me mentiras como anedotas
Relatadas às crianças que gargalham em ti
 
Mente e desmente meus pensamentos
Que eu acredito em ti e nos teus lamentos
 
Conta-me histórias, de arrepiar a pele
Que acaricias nas noites frias,
Filhas da tua mente
 
Reconta as verdades esquecidas pelo tempo
Num lamento que expõe a dor, a tortura
Que perdura em mim
 
Continua e procede como se as mentiras
Fizessem parte das nossas vidas
 
Conta-me mentiras como tiras de fitas
Lambidas pelas labaredas da vida
Que atingem lentamente
Os suspiros irreverentes que teimo em lançar
 
Conta-me mentiras até ao dia final, até ao Apocalipse
Que arrojará contigo, comigo e com toda a gente!
IC

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