Só! Sem bonança dança, luz, ó luz!
Na solidão perpétua do viver...
Só! Com medo segredo, cruz, ó cruz!
No luto eterno deste alvorecer...
 
Só! Sem amor calor, alguém, ó alguém!
Na necrópole lúgubre e perdida...
Só! Com sombra que assombra, alguém, ó alguém!
Na floresta sangüenta desta vida...
 
Só! Chorando exalando negro sangue,
Sangue horrendo, infeliz, morto e ruim,
Morto e ruim querendo amor e dó,
 
Dó e caritas, amor, tudo tão só.
Só! Sem cor, sem ninguém, sem luz, sem fim!
Afundando-se neste rubro mangue...
 
Rommel Werneck

http://recantodasletras.uol.com.br/autores/rommelwerneck

POESIA RETRÔ, A POESIA DE SEMPRE:
http://www.poesiaretro.blogspot.com/

Simplificamos o endereço, mas a poesia continua sendo a de sempre

Rommel Werneck
© Todos os direitos reservados