Os oboés choraram o Réquiem do Sol para que tu surgisses.
Mas tu não vieste.
Teu corpo não pede crepúsculos,
Mas pede o alvorecer que eu não tenho.
Tu danças a valsa do minuano
E sonata dormente do orvalho
Mas não ouves a cantilena do meu Sonho.
E nem podes.
O almíscar da tua boca jamais tocará a profanação da minha solidão.
E assim, das crisálidas que sonhei
Surgirão mariposas
Mariposas de Carne e Sangue
Que voarão, loucas e extasiadas
Para os salões secretos da Lua.

Diego Nascente
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