Solidão e vícios:<<soneto>>

Dizem que a solidão não existe, nos a criamos.
E, por algum motivo, nos isolamos das pessoas.
Às vezes sem explicações, ficamos tristes, e só.
Sem fé, ou esperanças, ao tédio nos entregamos.

A bebida, e o cigarro passam a ser, companhia.
Numa tentativa de afastarmos, os nossos males.
Aos poucos minamos, nosso coração nossa alma.
Nosso corpo viciado, frágil, sem forças caminha.

Por uma estrada, onde nossos rastros se apagam.
Porque não temos ninguém, só nos resta os vícios.
Ao qual nos pegamos, para não sofrer de solidão.

Caminhamos, então, ao rumo de nossa destruição.
Tropeçando nas dificuldades, que a nós, impomos.
Afogados, em vícios, como se esta, fosse a solução!

Balneário dos Prazeres: 07 / 05 / 2009


Volnei
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