BUSCA DE MULHER

Na busca pela verdade de mim, decido fazer meu caminho em uma construção incerta do que me espera... uma trilha difícil para quem se sente despreparada e insegura em seus primeiros passos, sinto-me criança inocente e perdida.
 
Em um mundo tão diferente do que conheço, o mundo parece conspirar para a minha perdição total, um acidente nas amarras do destino. Questionei-me o que vivi até hoje, chorei o amor que perdi por não me entender... e lá se vão anos de escolhas distorcidas.
 
Penso-me louca, mas como negar isso se é nas palavras que venho buscar minhas respostas? Se é na reflexão que começo a conhecer a minha cabeça e minha alma... É a mim, este ser ignorante e insano, a quem prometo a verdade e não me esconder atrás de mentiras além das que eu própria ainda sou.
 
Fui menina em corpo de mulher tomando caminhos que desenharam vidas. Hoje estou distante daquela que escolheu, dando meus passos para me tornar inteira. Inteira de passado vazio. Inteira de futuro vazio, mas seguindo pelo mundo em busca de mim...e então serei toda verdade. Mágico momento em que encontrarei meu destino, curando as almasamarradas por laços de amor inconsequente, inocente e infantil... que não perceberam e ignoravam o perigo que os tornou vítimas do próprio veneno...
 
No confuso caminho do sentir, perco-me buscando a racionalidade que tão pouco persiste, tentando juntar os pedados da serenidade destroçada pela descoberta destas palavras.
 
E no agora quero ser menina e mulher feliz, porque os caminhos do amanhã serão incertos. Esperando que o destino, cruel e insensível do passado, tenha piedade da alma quebrada, me ensinando a ser por fora o que já sou por dentro, sem pressa, sem ansiedade e simplesmente vivendo cada passo.
 
 
 
Não busco se amada...sinto isto como consequência do meu ato de amar...não procuro ser perdoada mas que compreendam as minhas razões... não quero ser carregada mas que entendam que sou apenas humana, forte e frágil, esperta e estúpida, dama e leviana... quero apenas um dia poder pertencer e ajoelhar-me diante do meu Dono e e ouvir minha voz dizer : “Sou Tua”.