De Florbela Espanca a inspiração
para meus versos e dons,
de querer amar perdidamente aqui e além.
Amar em lençóis com Vênus,
retratada em seu charme fatal,
amar banhada à gotas de Christian Dior.
Que me vejam nua e sem máscara.
E assim, juíza em meu extasiado interior,
sentencio o meu orgástico mundo
ao prazer do sexo com laços profundos.
A cada um que amo, do fundo do coração
e com intento sincero eu conclamo:
meu bem, meu mal e meu encanto,
razão do meu desejo direto, reto e obtuso.
Prendo-me e desprendo, a mim indiferente.
Só imploro que com beijos profusos,
saciem minhas noites e alvoradas
e os meus sentidos sedentos de
visuais ou virtuais olhares itinerantes.
Vou me perder em libidos lânguidas
como nos desmaios das virgens palpitantes,
as do Romantismo, sensuais e macias.
Guardar-te-ei no meu relicário de Pandora,
perdido entre lembranças eventuais.
Vou te denominar meu querido,
e honestamente chorar e rir contigo,
admiradora fiel e tua fã número um,
só não serei sua e tu não serás meu.
Oferecerei a ti minha beleza
em fogo ardente, doado
pelo deus mitológico Prometeu.
E só!
Pois, confesso amar por amar
a toda gente e também a ninguém.
Perder-me em todos os abraços,
fartando os variados imaginários,
voltando no dia seguinte a estar comigo
e escolher agradar somente a mim.
Será essa a minha primavera florida,
minha portuguesa poetisa.
Poema inspirado em "Amar!", de Florbela Espanca.
Obrigada por me ler!
Beijos
© Todos os direitos reservados