Do suplício dos ceus a torrente desfazia a terra
a morte nos espera
a inundação caminha bravamente
todos no viver da lama
e os que estão na cama contam o ribombar dos trovões
em minutos seu maldito coração terminara
raios atrás da montanha
o uivo do cão lamentoso
preso ao lôdo
o frio temeroso
andando a esmo, varios de todos nós
o lixo invade as vestes
água turva
verde de peste
aos santos se fode quem pede
na escuridão das nuvens
o mal deságua e fede
por entre as sebes
por tuas vestes
por isso
despede-te
fabio meezi
© Todos os direitos reservados
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