Penso aqui com meus botões
Mas... Será que eles pensam comigo?
Presos a uma camisa imprestável
Eu também preso
Em um amor que não é meu;
Roxo-lilás de um batom
Vertical nos lábios de alguém
Furtaram-me vários dias;
O batom bem sei
Não existe mais
Porém das marcas
Jamais pude me livrar;
De que me serve a camisa
Se até os botões já se foram;
Eles nem sequer pensavam
Eu pelo menos penso e padeço
Por um lilás, que um lenço...
Mesmo que pequeno
Carrega as marcas
De um crime imperfeito;
Ás vezes se perde na vida
Muito por não pensar,
Ás vezes por pensar demais
Perdem-se os botões da camisa
E do batom um roxo-lilás.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Março de 2005 no dia 29Itaquaquecetuba (sp)
Marcelo Henrique Zacarelli
© Todos os direitos reservados
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