Balada do nosso amor

 

 
Encontrei-te em meu caminho um dia,
E acenaram-me com ternura e harmonia
Os castanhos dos teus olhos bem assim,
Uma balada silente, na madrugada sem fim.
 
Fez-se de poucas palavras o encontro,
Falaram os nossos olhos, e no confronto
De nossas almas, nossas vozes se calaram,
E trêmulas, nossas mãos se encontraram.
 
Explodiu dentro de nós o adormecido
Amor, que por muitas eras fora esquecido,
Libertando-se harmonioso assim em nós.
 
Ah o amor, sublime e puro, como uma balada silente
Veio correr em nossas almas, assim tão ardente,
Como em cada beijo nosso, quando nos encontramos a sós.

Nivaldo Ferreira
© Todos os direitos reservados