ORGULHO
 
 
"...Mesmo antes de ter ido,
     Logo se foi ao longe,
     A vontade de voltar.
     Daquele que se mostra apático
     A própria dor do corpo.
     E ao pútrido cheiro de um
     Amor pseudo romântico,
     Empreguinado em teus poros
     Que lhe tenta á voltar à velha cama
     Que outrora.
    Açoitava como um carrasco
     Tuas carnes tão sofridas.
     E que hoje,
     Como se fosse teu último suspiro.
     Desesperando-se de tal forma,
     Desfeito de todos os teus valores, teu orgulho próprio,
     De tal força e forma.
     Que o mesmo lhe tenta o juízo!
     O pobre ignóbil vazio, como um vagabo cão lacráio!
     A mesma cama vazia sem vida,
     Reinada pela discórdia, ódio e perversão.
     Que como um vampiro lhe sugará.
     Hoje, ainda sim, como uma saída.
     A mesma cama pagã.
    Afaga-lhe a pobre e morta alma..."
Adriano Carvalho