Homens, seres imperfeitos criados a mercê do improviso e regidos por instintos saciados com a beleza do poder;
Anjos, amplitude do infinito, possuem asas e sabem voar, conhecem as sutilezas das nuances terrenas e pairam nas destrezas do pensar;
Virtudes distintas, identidades confundidas, ímpetos distorcidos...
Como posso decifrar?
Lastimável fogo que cessa com um simples pulsar de um mísero homem que me pede pra abafar, o que a tempo está a me sufocar;
E deste plano ressurge, humano a desbravar as gotas do oceano que se acumulam em outro patamar;
São as ânsias escondidas, os desejos desprovidos de propósitos que alguns humanos iriam contestar, pois são objetos inanimados aos olhos daqueles que aprenderam a olhar somente com a proteção de um radar;
E como um turbilhão os anjos me ensinam a voar... e lá de cima é tão belo de olhar o que havia debaixo do sótão apenas recoberto com o terno luar
Anjos, criaturas a guiar as esperanças esquecidas que decidem acordar, mas não dependem só das asas, mas sim do espetáculo que um crédito depositado é capaz de suportar, pois anjos guiam, mas não despertam...
O despertar só pode mensurar as várias tentativas que um homem pode causar;
É assim... As pessoas evoluem é só se torna anjo quem um dia homem foi, e de tão homem ser, um dia se cansou, vestiu as grandes asas, permitiu abster-se das exigências do ego e aprendeu que só se voa quando não tem mãos, as mesmas mãos que aplaudem o próprio ser que muitas vezes não é digno de receber.
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