Por esses dias, resolvi fazer uma viagem mental.
Coloquei o meu pensamento pra funcionar,
deixei de lado qualquer objeto de valor e fui.
Fui refletindo e refletindo e refletindo,
até que precisei tomar uma condução.
Fiz sinal, o motorista parou,
eu disse a ele que não tinha dinheiro, e entrei.
Entrei num ônibus vazio, que só tinha eu e o motorista.
Confesso que comecei a achar estranho,
até porque passageiro nenhum dava sinal.
Depois de uns quinze minutos de viagem por uma estrada barulhenta,
eu reparei quando entramos numa avenida, de pouco movimento, chamada “Paz Interior”.
Já no início da avenida “Paz Interior”,
o motorista foi obrigado a diminuir a velocidade.
É que apesar do pouco movimento, não faltava quebra-mola na pista.
Era um atrás do outro, tinha quebra-mola de cem em cem metros.
Passou pela minha cabeça desistir da viagem, descer do ônibus,
mas o motorista insistia em me pedir calma.
Ele dizia que, apesar dos muitos obstáculos,
a avenida “Paz Interior” era o início de tudo.
Início da autocompreensão, do equilíbrio próprio, do bom relacionamento com as pessoas,
início de uma vida que vale a pena, e ponto de partida para muitos momentos felizes.
Então, que eu decidi ouvir o que disse o motorista e continuei na minha viagem mental.
Algum tempo depois, notei que já não existiam mais obstáculos na pista.
O ônibus voltou a ganhar velocidade, e eu voltei a refletir e refletir e refletir.
Verdade é que depois de muita reflexão, experimentei puxar conversa com o motorista.
Mal comecei a falar de mim, ele foi logo me interrompendo.
Acredite se quiser, o “cara” sabia tudo da minha vida (e foi contando, detalhe por detalhe).
Mais do que isso, ele perguntou se podia me ensinar algumas coisas.
Prontamente, eu disse que sim.
Quando eu falei da minha sede, ele me orientou a procurar uma fonte que jorrasse água viva.
Quando falei da minha fome, ele disse que eu procurasse me alimentar do pão da vida.
Quando pensei em continuar falando, ele simplesmente desapareceu...
E agora, o que vai ser da minha viagem mental?
E o ônibus, quem vai dirigir?
Deixando a minha viagem mental de lado, e retornando ao planeta Terra,
COMO POSSO ALCANÇAR O REINO DE DEUS?
Será que tem ônibus pra lá?
Imagino que não...
A saída, creio eu, é pegar carona com a bondade, e repartir mais do que ajuntar.
Outra saída é entender que a minha disciplina pode servir de exemplo.
Portanto, preciso pensar e repensar antes de agir.
Além da bondade e da disciplina,
acredito que quanto mais distante da corrupção eu estiver, mais perto estarei do céu.
Não só distante da corrupção financeira, mas também da corrupção emocional.
Jesus Cristo não se alegra com a pessoa que trai (isso é menosprezar o sentimento alheio).
O Reino de Deus eu posso alcançar traçando objetivos sólidos para a minha vida.
Eu posso alcançar o Reino de Deus ignorando as “facilidades” que o mundo me oferece,
dizendo um NÃO BEM GRANDE para os vícios que transitam ao redor de mim,
pisoteando, à base de muita verdade, as mentiras que surgirem no meu caminho.
O Reino de Deus é terreno bastante sensível, que exige de nós retidão demasiada.
São apenas duas opções: ou você entra, ou fica de fora.
A decisão é sua...