Lembranças remotas
Por – Walnei Arenque
Ficam aí, a tecer memórias, lembrando das histórias,
Da pequena cidade perdida
Em que se passaram uma parte de suas vidas.
Ficam aí, a lembrar das tristezas
Que na mais sucinta certeza
fizeram-lhes entrar na esperteza
e, entender, que não eram princesas.
Ficam aí a lembrar dos anos,
Que se passaram nos enganos,
Engano do destino (quem sabe)
Que lhes trouxeram grandes desatinos.
As crianças trabalhavam,
Eram como escravas!
Estavam sempre entre tapas
que as megeras lhes davam.
Mesmo perdida, a cidade, tinha suas boas surpresas,
Que muitas vezes lhes tiravam das profundezas.
Ficam aí, a se lembrar deste lugar.
Não dava para esquecer
...contudo não pararam de crescer.
Cresceram, amadureceram e sobreviveram.
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