Guerra não: PAZ!

 
Serão vitórias lembranças bucólicas!
Na aurora que agora acena, que pena,
O plantio da bonança enfeita a arena. 
Em nocaute, a Paz é vaso de retóricas.
 
O atraente tilintar azul do gude findou!
O pião da cobiça hipnotizou a infância,
De asas untadas pelo mar da ganância,
Que em mergulho fatal no visgo afundou.
 
Sua arca de sonhos prumada ao paraíso,
Em batelão resultou, encravada na areia.
Poluídos sentidos que auscultar receia,
Do guia da Paz já nem ouvem o guizo
 
Quantos Ais tingirá tua cor, oh guerra?
Quanta semente ceifará teu ancinho?
A inconseqüência em ti abriu caminho
À sangrenta inconsciência na terra!
 
Aos telhados proféticas vozes clamam:
- Consciência, ô consciência morna!
Ao cocho toda lavagem se entorna;
É em ti e teus cristais não reclamam?!
 
Cadê tua alvura, pomba encantada?
Até quando este teu arrulhar soturno?
Se te vais, vai-se contigo nosso alburno
Restará ressequida ao rés nossa ramada!
 
Cumpre teu cândido destino; não te vás!
Revista-te de nossas fartas penas pardas
Reinicie-nos, ímpios herdeiros de fardas,
Em guerreiros armados de PAZ!

A PAZ precisa sair da retórica politica e entrar nos lares, pelas portas dos corações!
Manito O Nato
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