A noite cobre a janela do quarto em sua escuridão solitária
Enquanto faz-se perdida em seus devaneios doloridos
O sal molhado repousa cúmplice em seus lábios trêmulos
e seu gosto se mistura ao cheiro adocicado da dama-da-noite
que insiste e resiste em crescer sob a janela
Dama essa que nasceu sem ser plantada
tão icógnita quanto ela
soma-se em seu aroma ao manto suave e frio da noite invernal...
Ambos preocupados com a lágrima suave que agora seca em seus lábios adormecidos.
A poesia nasce em cumplicidade aos sentimentos mometâneos, brota no peito sem aceitar amarras... fluindo assim à todos que se apaixonam por ela.No quarto, depois de uma noite de choro
Carolina Scoralick Dai
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