Inefável é o poeta,
com seu texto malicioso.
Tomo um gole de letras - fico bêbada de poesia,
giro o mundo em um segundo,
reconquisto meus interesses utópicos,
faço melodias sem rumos traçados.
Diminuo a escrita do meu estoque verbal,
só para caber no seu papel sem cor,
infernizo meus poemas sem histórias
e industrializo meus prantos.
Mas há quem queira enxugar.
Então concluo versos esporádicos,
uma jactância que tenho sobre o meu presente,
agrupo estrelas nos meus sóis,
uma resolução normalizada temporária,
alucinada pela minha emoçao equivalente
à senilidade das minhas razões.
Passo a senha - uma sensaçao numérica,
sepulto ilusões sem sequência
um reembolso do meu passado já esquecido
renovo minhas imagens transcendentais,
uma fantasia do apocalipse.
Meu apogeu reflexivo - minha âncora.
Fito minha cabala - encontro de dois olhares
o meu olhar - expressivo e sedutor
com o meu eu interior e sensual,
sequestro as letras do alfabeto,
só para compor esse texto sinuoso.
Silenciosa acredito na sincronia diferente de escrever
faço fórmulas com as sílabas geométricas,
uma ciência para compor estrofes,
improvisada e selecionada - um tanto complexa,
pela ocasião em que estou.
Atravesso sentimentos no inverso da vida,
uma fuga contraditória que me mantém
atarefada em fabricar emoções.
soraia
Ciganita
COISA MAIS LINDA
Gal costa
Coisa mais bonita é você
Assim, justinho você
Eu juro... Eu não sei porque você
Você é mais bonita que a flor
Quem dera a primavera da flor
Tivesse todo esse aroma de beleza que é o amor
Perfumando a natureza ... Numa forma de mulher
Por quê tão linda assim não existe
A flor, nem mesmo a cor não existe
E o amor ... Nem mesmo o amor existe
rsssno ar
© Todos os direitos reservados