Não venha me falar do amor
que você arrebatou de mim,
deixando-me vazia,
fazendo-me sombria
a sufocar emoção...
Descrente, carente,
beijando a solidão...
Não venha me falar de flores
onde semeou as dores
a germinar canteiros...
Inférteis, inúteis, inertes,
onde ao invés de flor,
reflete imagem de dor.
Não venha me falar do tempo
que me antecipou o fim...
Que se perdeu, morreu
e me deixou assim...
olhando pela janela
o mundo se afastar de mim.
(Carmen Lúcia)
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