João Roberto e Mariane

Mariane e João Roberto autor: Andreas Alekseiev

Vou escrever a quem tiver romantismo dentro do coração e estas palavras são dirigidas àqueles que acreditam que o amor não se envaidece, mas é humilde e brando e infalível;
Vou dar boas-vindas aos recem apaixonados, de alma leve e sonhadora e coração ainda novo, coração que ainda não foi dilacerado;
Se me atribuem o título de poeta se enganam, pois não sou poeta, na verdade ainda nem descobri o que eu sou e muito menos quem eu sou, mas gosto de escrever sobre o que eu descobri e o faço muito bem. Quando o assunto é amor, nunca me faltam parágrafos e histórias, mesmo sendo um personagem a ser sempre mudado nas próprias histórias, pois descubro dia-a-dia que não me encaixo n’uma simples história de amor, e que dirá n’uma história complexa, tal qual eu amo construir;
Esqueço-me que não estou construindo um prédio, nunca pensei em ser arquiteto, aliás, acho que tudo desmoronaria na segunda hora de construção, mas ainda me acho um pouco otimista, talvez na primeira hora, porém me sinto ainda otimista, nos primeiros segundos...Assim está melhor, bem melhor.
A quem nunca amou, um conselho: Ame;
A quem já ama, Prossiga!
A quem ama e se vê frustrado, pode me apertar á mão e assim sentir que há mais um alguém igual a você nesse contexto;
Quem é jovem, eu acho que só posso dizer que a juventude é um longo caminhar em busca de sonhos que se configuram em tristezas posteriores, pois não se sabe buscar corretamente os sonhos, nem se sabe bem o que se está buscando. Há uma enorme busca de emoções, mas as emoções nos esvaziam com o tempo e não conseguimos nos preencher, daí vem á dor;
Eu não quero mãos estendidas se despedindo;
Eu não quero livros na minha cama
e nem quero o meu coração enlaçado por sentimentos mentirosos. Quem pensar que eu estou trancando o meu coração para o amor, estará se enganando, mas estou pondo uma espécie de segredo... Só entrará quem provar que me ama.
É possível me amar?
É possível não se confundir com as minhas palavras, pois eu não explico, eu complico e eu não edifico, eu iludo e eu ainda não sei fazer alguém feliz, mas sei descordar e discutir. Por favor que todos possam me perdoar.
Mande flores para ela e junto mande um cartão bonito e a convide para irem juntos ao parque da cidade;
Leve-a para perto de um lago e conversem e joguem pedras no lago. Que cada pedra seja um desejo e que cada desejo signifique o preenchimento do vázio dos corações um do outro.
Há algo a se saber sobre o amor. Amor não se pede, se dá.
Quando vocês principiarem a história de amor de vocês dois, não deixem que o egoísmo mate a vida de vocês;
Não deixem que o ciúme envenene a semente que vocês querem plantar; Não deixem que a insegurança,
Não deixem o pessimismo, não deixem que as incertezas,
e nem o desalento finalizem o que vocês querem dizer ...
Não se esqueçam de que palavras confortam, mas mais importante que palavras são gestos e condutas...
O que é o amor se não algo que não sabemos o que é?
Só o que sabemos do amor é que o amor existe.
A primeira linha da história romântica se inicia com olhares e ai vem um sorriso tímido, logo após os olhares se intensificam...Possivelmente a timidez não deixará que um dos dois se aproxime para o primeiro diálogo e o tempo vai passar e vocês ficarão pensando um no outro e não durmirão direito e não funcionarão direito. E passará pelas vossas cabeças, coisas como o tom da vóz de cada um, as manias, os gostos, os defeitos...
E assim se inicia uma paixão e ainda caminhamos para o amor. Amor, que pode ser definido como um gostar além do normal...
Há um dia em que vocÊs se cruzam no mercado e novos olhares se formam e finalmente um dos dois diz “olà” e ali foi dita a primeira palavra e a segunda palavra, geralmente é “olá” também e vem seguida de um sorriso de encantamento.
Talvez vocês se falem pelos corredores do mercado e acharão aquela conversa a mais agradável de suas vidas e assim descobrem que sempre moraram perto um do outro e nem sabiam. Daí então pela aquela rua linda e florida, isso sim, pois o outono é deslumbrante, e por aquela rua linda e florida vocês ainda caminham não querendo chegar mais ao destino de cada um, e ali o tempo poderia muito bem parar e vocês seriam os seres mais agradecidos do planeta Terra.
Mas o tempo não para, nem quando estamos apaixonados e nem quando acabamos de encontrar o grande amor de nossas vidas e na verdade nem sabemos dessa verdade que mudará essa mesma vida para sempre.
E quando chega primeiro a casa de um, o outro diz até mais, querendo dizer que quer ficar ali mais tempo. Ali há a separação momentânea, pois nunca mais ambos se separarão. E assim se começa a amar.
Todos os dias vocês se falam pelo telefone, e são conversas longas e que não querem mais acabar e todos os dias os dois correm para a janela para ver o outro acordar e chega finalmente o dia do primeiro encontro, ambos estão nervosos e ansiosos e ali, naquela praça, naquele lago, ali há o primeiro beijo de uma série de milhares e ali há o primeiro abraço, abraço que acalma qualquer furacão pessoal que por ventura alguém esteja sentindo.
Horas e horas vocês conversam, jogam pedras no lago e se conhecem e voltam para casa juntos e ela entra primeiro e você anda um pouco mais e chega então a sua casa.
E ainda teve o fascínio dela pelas flores...
É assim que nasce uma hitóra de amor...
Da mesma forma que a morte esclarece mais que a vida,
Que dia-a-dia essa história possa ir sendo esclarecida poeticamente, pois por enquanto são apenas sonhos, mas a realidade é mais interessante e mais gostosa de se viver...
Amanhã cada um escreverá mais um capítulo da história de amor que vocês estão vivendo e que assim seja, segundo os atos de cada um e que vocÊS sejam muito felizes.
E com relação a mim...
É hora de tomar o meu chá, pois tenho quinhentos e nove anos de solidão no coração, e vou pegar os meus chinelos e a minha bengala e estou sentindo vontade de passear com o meu cachorro de nome Russo. Vamos até o fim da rua e depois voltaremos, as suas orelhas são grandes e se encherão de terra e ele vai ficar com três palmos de língua de fora, acho que está um pouco gordinho.
Eu quero voltar para casa depois do passeio e ler, cultura nunca é demais e ainda comer alguma coisa. Esse meu físico é exuberabte!
Ah, essa minha casa...
Essas fotos na parede me inundam de recordações...
Quem tiver a cura para a solidão por favor berre para mim, pois eu darei todas as minhas riquezas por esta cura e tudo o que juntei foi conhecimento, solidão, e arrependimentos e uma mente romântica para criar
as histórias que eu nunca consegui viver.
Há sempre uma coisa que devemos ter em mente:
O AMOR NÃO SE PEDE, SE DÁ.

Conta a visão do escritor sobre uma história de amor perfeita, se é que histórias de amor são perfeitas, né?

Em casa

Antonio Francisco de Sousa Ferreira
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