Minha liberdade

Dentre o que posso te oferecer

Te ofereço minha liberdade

Ainda tímida, recém saída

Do invólucro da invisibilidade

Que a mantinha prostrada

Débil , escondida

 

Te ofereço meus sentimentos inacabados

Ainda não burilados

Em minhas portas e janelas

Há muitas crenças abauladas

Muitas vontades

Em becos fétidos guardadas

 

Preciso sorver a essência da amenidade

O brilho tenaz da humildade

Não há sapiência

Na vaidade

Não há vida

Sem verdadeira serenidade

 

Interessa-me a alma

Despretensiosamente vestida

Quero trocar o casaco de pele

Pela blusa velha , puida

Leve e despojada

Num encontro decisivo com o nada

 

Calço a consciência

Com chinelos surrados

Desafrouxo os cintos apertados

Deixo os pés descalços simplesmente

Ainda que por um evaporável instante

Do meu caminhar errante

 

                            * Úrsula A. Vairo Maia *

 

* Mantenha a autoria do poema. Direitos autorais registrados.

* A imagem foi extraída do site " Cite e Pense "

 

 

 

 

 

Aos meus colegas e amigos do site,
ofereço " Minha liberdade " de criar versos e apresentá-los como uma forma de compartilhar minhas idéias que trazem um pouco de mim e um pouco de ficção. Um abraço a todos e obrigada pela visita

em meu cantinho