Estou atônito de desejo de me encontrar
Na perdição de sua escultura
E fazer deste tesão uma loucura
Quase impossível de se curar.
 
E depois do instante eternizado
Retornar à maratona de gozo
Até que a dia rompa o brado
Da noite de prazer em fogo.
 
Mas você se faz de tonta
Não entende a linguagem
Do corpo já em agonia.
 
Saíba que antes que o tempo rompa
Careço tanto de sua imagem
Despida, minha santa Maria.

08 de setembro de 2008