Sou o fruto da árvore mais perto,
Confiante, nem sempre desperto,
Mar que balança e que descansa.
Sou valioso, sou o prodígio do amor,
Com o seu calor aqueço o meu corpo;
Sou desenho completo, não sou esboço,
O toque, o sangue que te escorre no corpo,
Sou o bebé que gatinha desajeitado,
A mão que não te deixa cair desamparado,
A que não te aleija, o teu amparo.
O amor impera aqui e nesse lado,
Não sejas cego, o amor é o nosso fado.
O amor está aqui, não estás enganado,
Vida é amor, morte só é um estado.
É porta de passagem para o outro lado,
Onde quem te espera é o amor sonhado.
Vem aninha-te aqui a meu lado,
Aquece-te, a noite não tarda chegar,
Num cavalo montado….
 
 

Lisboa...

Bruno Dias
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