Imagino que o amor quando é verdadeiro...
Suplanta a infelicidade e denota perfeição.
É instrumento da realidade, o bem faceiro...
Contemporiza na afinidade, justa aparição.
Na condução se mostra puro e resoluto...
Receptivo e benquisto, louco sentimento.
Refaz e amadurece a mente e, indissoluto...
Se compraz da dor do outro, doce alento.
Não se opõe à compreensão da existência...
Nem fustiga o destemor, se intencionado.
Revela a intensidade do bem, a opulência...
Querido se justifica quando é evidenciado.
É encantado na essência, a sutil afinidade...
Que se enamora dos desejos e da paixão.
Resolvido se envolve garboso na verdade...
Qual silente, destemido e afável coração.
Reverencia a bondade, quando é intenso...
Degusta o elixir da sedução e bem sacia.
Oferta a amabilidade do alento e, denso
Eterniza um instante e se torna energia.
Esse amor que muitos julgam significante...
Na sua transparência e aparente louvação.
É semente que no solo, se faz edificante...
De amantes que se valem na boa relação.
Pirapora/MG, 10/08/2008
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