Estranho Amor

 

“Estranho amor que me invade
Insiste trazendo a saudade
Momentos, lembranças, você
Que eu tento tanto esquecer...

Esquecer não é bem o termo
Mas espero ainda vê-lo
Como imagem em espelho
Refletindo por refletir....

Penso que se não fossem os momentos
Se não fossem as lembranças
Das noites que, feitos crianças,
Brincávamos de ser feliz...

Mas por que, me pergunto,
Diante da imensidão desse mundo
E depois de tanto tempo
Essa dor me invade o peito?...

Se “amar é estar preso por vontade”,
Camões me diga, o que seria
Ter a alforria e querer esquecer
E ainda assim se prender?...

E num fugir de mim mesma
Na liberdade tão presa,
Corro sem movimentos
Lembrando o esquecimento...

Estranho amor que me invade...
Já é tarde...
Leva a tua saudade, pode ir...
Preciso agora dormir...” (Rose Felliciano)

 

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*Mantenha a autoria do Poema* - Direitos autorais registrados.

 

 

 

Foi utilizado, entre aspas, frase de um Poema de Luiz Vaz de Camões.

Inspirado nessa belíssima música cantada por Renato Russo

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