Entristeci-me ao ver o sol em seu descanso
Num poente tão tristonho e pálido
Coberto por nuvens dispersas e sem vida
Sem rumo algum ou horizontes definidos
Minha pele formigava intensamente
Meu olhar vagava lentamente
Estava preso às minhas fobias
E com ela a frieza de uma mente vazia
O sangue que corria nas veias contaminou-se
O coração que então pulsava metalizou-se
Curtia os últimos instantes de uma tarde solitária
Aguardava o meu desfecho numa espera imaginária
Com as mãos trêmolas peguei uma caneta
Para nela adentrar a minha alma
Sentenciando no papel minhas últimas palavras
Aliviando a dor da angústia que chegava
Profundo marasmo...
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não crie obras derivadas dele