sangro meu peito - aberto
prevejo a vida propria
luto contra minha luta
que não luta por nada
não tenho ponto de partida e nem de chegada
ouço o murmurio gélido das madrugadas frias
e a escuridão otica das noites
vejo homens que lutam por um ideal
mais eu não, tento escrever contos
que me levem a perfeição espiritual
mas esta perfeição nunca chega
então liberto a flor mental
levando-me a um nada ser
de ser o que nunca serei.
Desterro,1978
SÃO LUIS DO MARANHÃO - BRASIL
Desterro,1978
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