No infinito do teu ego
Enxergo algo que poucos vêem
Tentas tanto, se esforça
Mas hoje a máscara é permitida
A máscara social, pessoal, sentimental
Teu vizinho tem várias
Faz-me rir, enquanto vejo a greenpeace
Visualizo uma de Veneza
Embora sigamos caminhos independentes
Espero teu fulgor ou fulgaz
Mas ainda prefiro aquela que me despe
E ainda que na ilusão, me arde
Até que um dia por qualquer tostão
Chego ao extremo da ilusão
E digo basta, hoje é por demais
Não consigo me dispersar
Resolvo te olhar e me olhar
Mas, da maneira que olhamos e vemos por real
Sem a ilusão ótica da necessidade
E a hipocrisia da mentira risonha
O que demais enjoa, nos faz pensar
Neste momento de amargura e nudez
Nos olhamos e descobrimos que a verdade
Que nos faltou, fez a máscara se quebrar
E, no entanto, que desconexo, ainda entorpecido
Por um olhar reprovador e cúmplice
Admiro teu maxilar, que sem força para bradar
Se cala mediante ao tremor da tua culpa.
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