Os dias passam lentamente...
Enfim, o pesadelo vai se afastando,
Dando passagem às lembranças
Que de saudade vão se vestindo
E no vazio da alma se imbuindo...
Antes nua...agora envolta de recordações...
Não chegam a doer, nem retroceder,
Marcam presença, lembram ausência,
Fazem sorrir...momento indescritível
Ou chorar...fato irreversível.
Resta-me a saudade...
Mesmo sem a querer, ela invade,
Pensa que pode suprir o lamento,
Reverter o acontecimento
Já sacramentado, injuriado...
Fantasia instantes que quero esquecer,
Realidade que encaro, sem compreender,
Torpedo lançado, sem mais nem porquê,
Inesperado, abrupto, cai sem se prever,
Faz parte da vida...e pergunto:Por quê?
Saudade, fique...me resta você...
Não me iluda, nem desiluda,
Faça-me esquecer...
_ Carmen Lúcia _
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