Uma lista de peripécias

Pensamentos pesados
E outros tão poucos lúcidos
Sobre um manto ilustre de palavras
Meu sorriso cintila contradição

Quem tem medo das coisas que se movimentam?

Esta é a vida!
Encarnada em pedaços
De carne ou de trapo
Envolvidas são as faces,
Nas suas próprias tripas amedrontadas

Às vezes há o que querer...
Mas nada pertence a mim!
Abstido da possessão,
Nada tenho!
Além de um corpo esquelético
Repleto de ansiedade angustia e outros ‘benefícios’...
Alguns sentimentos (des) validos
E outros poucos momentos (in) satisfatórios

Quando não me ouço por dentro
Tenho os gritos
Que jogam para fora da minha cara
Como um sopro renascido,
Todas estas verdades surreais

Provo do sangue
Que beija o meu rosto
E sinto pena de minha pele perfumada
Que por meras esquisitices fede!
Por permanecer a rodar
Acima
Desta redoma que me separa do meu vazio

Estou vivendo
Com os dedos entre os neurônios
Chapando tudo o que posso
Para manter-me na sensação
(Des) agradável que é a vontade de viver
Mesmo sem ao menos entender
O motivo para tal afirmativa...

Outras
Novas e velhas
Ilusões nessa lista

Sobre os dias, suspiros
Sobre as noites, nada mais!
Além de tinta espalhada na mente
E como qualquer demente,
(In) significantemente sorridente!

CA-K:
14/04/2008

Quando as coisas vão perdendo o sentido...
E as outras nada fazem sorrir,
O que me resta é respirar do mesmo jeito e seguir de olhos bem fechados, nesse passeio, até encontrar um buraco no caminho.

(...)

CarbonKid87
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