Silêncio que somente eu conheço; minha sabedoria,
está em tudo que sou e vejo; em todos os minutos do dia.
Atrás de meus olhos negros que protegem minhas verdades,
que quando se expõem já estão aliciadas por ilusões,
os minutos ferem minha razão e mostram-me frieza; crueldade,
o tempo é como uma cela de mármore, eterna em meu destino.
Os versos já não são o bastante para traduzir o que sinto,
palavras são sagradas, porém sentimentos são divinos,
me impeço de desrespeitá-los com minha voz,
então me sinto só.
Não gosto de aprisionar os sentimentos em mim,
acabam por escorrer pelos meus olhos quando vejo o que escrevi,
e então dobro o papel, atiro-o pela janela fazendo dele parte da minha grande coletânea, que voa livre como todos os grandes sentimentos fazem.
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