Verdadeira Amante

Depois de caminhar nesta longa estrada.
Vou te falar o que penso.
O que acho das nossas mulheres.
Que existem neste Brasil imenso.
Não importa se branca ou negra.
Índia ou amarela.
Isto para mim é o de menos.
Pois não olho para a cor dela.

Vejo uma mistura de raças.
De onde saiu tanta beleza!
A branca já não é tão branca.
A negra já não é tão negra.
Desta mistura compacta.
Nasce a nossa mulata.
Do branco com o índio, só lucro.
Apareceu o nosso mameluco.

Mulheres não é a cor da pele.
Mulher não é fibra, é raça.
Por causa da discriminação.
É que existe muita desgraça.
Não há como comparar.
Mulher é um ser maternal.
Por mais que se queira explicar.
Mulher, é toda igual.

Mãe, sogra ou avó.
Cunhada, filha ou prima.
Se eu for dizer aqui o que são.
Uma lista que nunca termina.
Pode ser rica ou pobre.
Estudada ou ignorante.
Se for a mulher que tu amas.
É a tua verdadeira amante.

Salvador, 12 de janeiro de 2003;
Às 20:44 horas
Felício Pantoja Campos da Silva Junior