Impotente para avaliar
nos tenebrosos momentos de grande insegurança
perco a encantada esperança
que trago dos ares do Éter, ventilados desde criança.
Aprisionada à infalível infinitude a atormentar-me
pelas razões que vivi não, mas pelas que vivo
esqueço-me em meio aos sofrimentos
da beleza e a delícia que é apaixonar-me.
Cativa fico no semblante estampado do tempo por ti não lembrado
alienada alucinadamente
pairo amante da eterna Essência
em teu tempo infinitude semente.
Quem diria?!
que nem a mitologia nem a ciência
afirmam-me nos valores do mundo
mas desafiam-me incessante
caio em desequilíbrio evidente
no mais profundo desejo de teus amores mortos
que fantasmagoricamente
estão tão vivos em minha e em tua mente.
Ouvir-me-iam minhas próprias vozes
silenciadas nas românticas lembranças
no anonimato dos registros ainda sem história de teu reconhecimento
algemados nos grilhões do distante pensamento
nos arquivos de memória de nossas andanças.
Senão pela exaustão
germinar-te-ia a cada dia
reluzirias de outra enigmática semente
nem velha nem nova apesar do paradoxo aparente
qual vela acesa em nossa alma, em nossa mente...
Fruto da inspiração que o amigo poeta Carlos Gau me brindou em sua poesia "Semente Extra Moral". A ele, meus agradecimentos. A Budhi-Manas, Aham Brahmasmi!!!Goiania, 12.01.08 - 18:53h
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