Nuvens de algodão, rebanhos de sonho:
Ovelhas pastando no firmamento,
Na minha ilusão tangidas, no vento
Bailando, balindo a dor que componho.
Na constituição de coisas que invento,
Vão representando o verso medonho:
No azul da amplidão, às nuvens imponho
Meus próprios comandos, meus regulamentos,
E dito suas formas, e as redefino,
Pra que elas retratem o meu destino;
Mas nuvens - e versos -, há quem os dome?
Recriam suas normas, sem dependências;
Se chegam ou partem, ruem a crença
Em um Universo sujeito ao homem...
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