Se ela balança seu cabelo ao vento
E polvilha seu perfume na vida,
A natureza toda, seduzida,
Perde a meada, perde o pensamento,
Pra acompanhá-la assim, desentendida,
Qual quem quer nada... E o mundo todo atento:
Cada suspiro, cada movimento
Comove a Terra, da paixão vencida...
Em cada passo seu há um monumento
Ao platonismo sem voz, sem saída,
Sem esperança, vivo às escondidas,
De sonho, de ilusão, de sofrimento...
(Mas seu perfume cura essas feridas
Se ela balança seu cabelo ao vento...)
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