Desde nem sei quando
Jogo palavras ao vento
Que caindo no papel
Tornam-se poesia, rima de cordel
As dores sempre foram fontes
Da inspiração do coração machucado
Que de tanto doer, ficou forte
Porém as palavras tem tom amargurado
A inspiração não vem da mata, nem do cais
Tiro tudo que escrevo, da lembrança de meus ais
Lembro do tempo bom, que passou
E minhas mãos correm no papel
Ao lembrar-me do azul daquele céu
Nem me dou conta, que o tempo acabou
A caneta mancha o papel branco
Como tatuagem, traduzem o pranto
Que deste coração desaba num mar
De lágrias, derramado por quem não quis me amar....

Porém de tudo escrito
Escutei de longe um grito
Abafado, baixinho...
Quase uma oração
Ah, mas atingiu meu coração
E sua voz foi aumentando
Crescendo e se tornando
O que meu coração só quer agora ouvir
A inspiração volta a tona
Não como dor ou falta de sua dona
Volta em forma mágica, de menina, de mulher
Que em volta me prende, diz que me quer....
Ah, agora escrevo tanto
Sem mais nem pensar no pranto
(Aquele que um dia chorei)
Desde que te encontrei
A inspiração vem de ti, em minha morada
Escrevo palavras de juras enamoradas
Tudo que escrevo não é divinal
Mas palavras felizes, de um som perenal
És canção, que só eu consigo ouvir
Vem devagarinho, e sempre me faz sorrir
Por ti, meu amor,
Não saberei mais o que é dor
Amar-te-ei tanto,
Que se rola o pranto
Será de felicidade, um pranto de amor
A ti tantas poesias dediquei
Versos, rimas, acróstico e prosa
E você chega, a brilhar como a rosa
Desse meu (agora florido) jardim
E Deus quando te fez
Escrevia para mim
Traduzia em ti, o que é alegria
És com certeza (de Deus)
A mais bela poesia.

Fabrízio Stella
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