AS ESTRADAS DA VIDA

 
Diferente são da vida as estradas,
Que o Destino nos deu a palmilhar.
De florês mil algumas são juncadas,
Outras espinhos tem a atapetar.

Aquelas são suaves, perfumadas,
A Fortuna caminha a nosso par.
Nestes sangram os pés, e a alma é abrasada
Pelo sol da desdita a crepitar.

Mas ao término, enfim, desta jornada,
Um estranho contraste nos aguarda,
Enveredando assim noutros caminhos

Compensando-nos os gozos e as dores,
São se espinhos as que foram só de flôres,
São de flôres as que foram só de espinhos.

Jaubert

Joaquim Jaubert Francisco
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