Ser, viver... Pra quê escrever?
Escrevo para ser íntegro, original
Incopiável, surreal.

Escrevo constante pra espantar a tristeza,
Em casa na rua, na praça,
Na mesa.

Quando escrevo, liberto palavras,
Que ansiavam para vir à luz,
E com um sopro em suas almas,
A ponta do lápis as conduz.

À vida interminável da Leitura,
Onde podem ser diferencialmente interpretadas
Más, boas, tristes, consoladoras.
Amáveis talvez, quem sabe.

Agora já não depende-se do poeta,
Mas da mente que as abrem
Com olhos esperançosos e curiosidade aguçada
Pronto para decifrarem cada seqüência delas.

Carregam consigo aventuras inacabadas,
Mistérios indefinidos, amores não correspondidos.
Um medo, uma emoção, um sorriso? Contemplação.
O leitor satisfeito. O texto? Nenhum defeito.
Essência da vida... Missão cumprida!

Bruno Buzo
© Todos os direitos reservados