Teu ferir não me engana: é proteção,
Espinho da laranjeira!
Por trás da face pouco hospitaleira
Vais cumprindo tua missão.
Defendendo teu caule de quem queira
A tua degradação,
Talvez firas também um coração
Amante da laranjeira...
Austero e frio, de fato és puro amor,
Que da aproximação interesseira
Purificas o caminho;
Porque o amante, embora sofredor,
Almeja mais que tudo a laranjeira,
E convive com o espinho.
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