Por onde ando,
Já nem sei mais
Nem onde, nem quando
Prá mim, tanto faz
Busco a alegria
Na poesia do dia-a-dia
Da liberdade que me traz
O calor do sol, depois que a lua jaz
Ando entre nuvens de pensamento
Buscando dentro de mim o sentimento
Que um dia se fez presente (mesmo que tormento)
Nem sei mais da alegria ou desalento
Meu caminho sigo
Sozinho comigo
Amigos, meu único abrigo
Afastam-me do inevitável jazigo
Mais nada busco
Pois nada mais há de se buscar
O amor agora é intruso
Aparece pra perturbar...
Mas de ti, o coração vem lembrar
E bate mais forte
Sem ter a sorte
De poder te amar
Sei de teu afeto
A mim partilhado
Mas do sentimento que me afeta
Comigo não é compartilhado
Sigo por assim
Dizer, por aí
Com a dor do ai
Que dói no coraçaõ enfim...
Em teus olhos busquei
Um caminho que não encontrei
Me disseste um dia da amizade
E parei, vendo dessa verdade
Que seria onde só eu chegaria
E que, para minha alegria
Essa de te ver sorrir
Melhor ficar por aqui, do que ver-te partir
Então, ando por aí...
Ando só...
Só eu ando...
Nem sei pra onde ... nem sei quando ...
Apenas ando ...

Fabrízio Stella
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