Solidão existente em mim,
Um sentir que não tem fim,
Um desejo de reverter,
Banir esta sensação do meu ser.

Solidão dentro do coração,
Que explicação, que razão,
Senti-la faz doer,
Porquê este acontecer.

Como parar de a sentir,
Onde buscar a força,
Para mudar o existir,
Como dela se pode fugir.

Quem sabe o porquê, talvez o que não pude ser,
Sentir-me criança e aos pouco crescer,
A vida assim não permitiu, não quis,
Em tantas lágrima já me perdi.

Quantas vezes nos sentimos sozinhos,
Com o coração dorido, perdido,
A falta de um aconchego,
De um abraço, terno, amigo.

Nem tudo o que se procura é conseguido,
Por muito que se queria e seja sentido,
O olhar para um caminho,
Será esse o certo ou terá desvios.

Neste nosso mundo de batalhas,
Que é por nós que tem falhas,
Dor interior, exterior,
Qual delas o maior temor.

Um ser calmo, sossegado, sereno,
Por dentro um sentir em desassossego,
Um guerra outra batalha,
Será perdida ou ganha.

No olhar um contemplar,
Por dentro um queimar,
Na boca o silêncio,
Por dentro um grito de impaciência.

Cada um sente os seus momentos,
Como únicos, gravados por si a dentro,
Constituidos por diversos fragmentos,
Que nos consomem no silêncio.

Faz assim parte do viver,
Teremos que aceitar e crer,
Que é bom ver mais um amanhecer,
Pedir a cada dia para sobreviver.

Hoje o sentir da solidão gravada no coração, quem sabe amanhã talvez não!!

Escrito na solidão do trabalho, mudando só lugar agora em casa...