Crianças cabeludas
Vão passando pelas calçadas
Com suas avós rechonchudas
Ou com suas mâes ainda magras.
Com que olhos vêem o mundo?
Serão sempre os delas? Ou serão às vezes os nossos?
Nada escapa ao seu olhar profundo
E aos seus ouvidos gulosos.
Primeiro passa a rua,
As árvores mexidas pelo vento,
Os carros apressados...
Depois passa o tempo
- Não mais se vê nem a Lua
No céu estrelado.
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