Agora vou lhe dar meu beijo morto,
Instigante é este meu beijo da morte,
Depositados nos confins de teu corpo,
Servidos à mercê de sua sorte...
~
Assistirá-me então sair das profundezas,
Ignorando aos teus credos, e a tua vida,
Dizimando com tuas verdades e tuas certezas,
Semeando a discórdia tão desconvida...
~
As tuas dúvidas agora é que vão aparecer,
Insistindo em destruir o resto de tua fé,
Deveras, sentirá o teu amor abrutecer,
Sabotando com o resto que ficara em pé...
~
Assim poderás ver as minhas facetas,
Insaciáveis, tomando tudo o que lhe resta,
Deixando-lhe há estas continuidades obsoletas,
Sumarizando a minha identidade funesta...
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Ao ver a minha face que lentamente te consome,
Indagarás confuso sobre a quem realmente sou,
Duvidando, não entenderás nem ao meu nome,
Sarcástico, que dessa maneira se revelou...
~
A minha seara estará completa totalmente,
Imortalizando a praga que ao vento fora semeado,
Deixando-lhe, a incerteza que agoras sente,
Sucumbindo-lhe sem horário marcado...
~
Agora, não espere de mim a piedade,
Intervenho qualquer pedido feito a Deus,
Depois de sugar sua vida, te digo a verdade,
Sou a praga da fé ante os ateus...
~
Antes que viva, e antes que morra,
Inicio a sentença, de tudo em que lida,
Do meu circo colorido, lhe farei uma masmorra,
Sugando com o resto que sobrou da tua vida...
~
Dia 1 de dezembro, Dia Mundial de combate à AIDS
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