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Eu não falo por mim.
Sou apenas o vagão da frente do trem,
Carrego atrás muitas mulheres
E suas vozes me falam...
Muitas almas presas
Mulheres tímidas
Desencontradas...
Vagando como eu.
Em busca de respostas...
Amor, liberdade e coragem.
Eu grito mil vozes de mil almas
Grito vivências, quereres...
Eu expresso o que sinto
Não queres ouvir tape os ouvidos
Pois eu não minto.
Não sou mulher pequena e silenciosa
Que cabe em qualquer cantinho...
Não sou mulher de sorrisinhos
Eu danço pelo salão
Quero todos os cantos
Quero sorrisão...
Aquele que vai de uma orelha a outra
Quero rir sempre.
E se chorar, não chorarei sozinha
Muitas chorarão comigo.
Todas as mulheres do vagão.
Carolina Salcides em 11 de setembro
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