“Alheio?”

No meio da rua,
A verdade dura e crua,
Persegue-me sem eu saber o porquê,
Talvez ela queira me desgastar mais na solidão,
Isolado,
Choro ao canto dos loucos que gritam sua tristeza,
Ao chão, jogado as traças, na taça da agonia me vem servir os porcos,
Que querem me ver caído.

Isso tudo, é apenas um adeus,
As lembranças fantasmagóricas,
Nunca irão embora,
E as dores,
Essas reinarão na glória da minha vida,
Na crise existencial sobrevivo aos prantos,
Por querer quem não posso ter.

Às vezes penso em voar,
E a dor libertar,
Mas sei que nunca sairei do chão.

Tudo que vive em mim, nunca quis saber de mim,
Prometi a todos vocês que nunca deixaria de chorar,
Pois todos sempre acabam sendo infelizes em algum sentido,
Eu nunca quis perder o rumo da visão,
Como pude sofrer a tentação da morte,
Se minha alma que se esconde no norte, apenas quer viver calada e aflita.

Nunca voltarei para casa,
No desespero de ver aqueles malditos sofredores,
Anseio que quando tiver coragem de voltar as minhas origens suicidas,
Eles coitados, que sofreram a me ver caído, tenham encontrado seu ate então céu pré-fabricado.

O fim do mundo é tudo que quero ver,
E nunca mais sorrir em vão outra vez,
Todos esses vícios deixarão de existir,
E tudo que nunca quiseram me contar,
Hoje esta fazendo falta,
Para minha vida caída, a razão da morte encontrar.

Mas de que vale tudo isso?
Apenas sei que vim ao mundo e não estou gostando,
Todas as maldades a mim feitas, nunca serão esquecidas,
Todas as lágrimas que derramei nunca estarão secas,
Todas as atrocidades violentas a mim proferidas, nunca deixarão cicatrizes, estarão sempre sangrando,
E quando o fim de tudo isso chegar,
Eu conseguirei correr pelos campos nucleares,
E lembrar de todas as flores que nunca dei a ninguém,
De frente com a vida obscura, as perguntas não querem calar...

Carbon kid
([email protected])
28/6/06

Nunca tente voar tao longe da sua cabeça...

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