Queria eu, ser sábio
igual os animais do campo,
iluminar meu caminho
igual os pirilampos...
não sujar a água
que tenho que beber
ser humilde igual
quem me ensinou a ler;
ser inteligente
igual um passarinho
que pra dormir macio
constrói o próprio ninho;
ter a paciência
pra de galho em galho,
construir seu lar
com o próprio trabalho;
ser a água mansa
e ao chegar ao mar
correr nas areias...
sem as carregar.

São Paulo, Julho de 2006.