Abro minha folha de madeira e o VEJO: tão lindo e colorido!
Saio do ‘breu’ – removo a pátina do tempo antigo para ler sua luminosidade, numa imagem exuberante, ao mostrar sua vegetação verdejante, expressa numa barriguda pujante.
Mas me vem uma dúvida atroz: quem és tu oh futuro? O que trazes, neste rosto tão seguro, nesta vastidão do mundo lá de fora?
Que OLHO à espreita, a crescer à minha frente
...parece que se desenvolve tão rapidamente, enquanto me amiúdo lentamente, ainda preso num passado quase presente.
Que OUÇO no barulho da urbanidade – carros e motocicletas a passar, pássaros a voar em revoadas, “cantando” estridentemente.
SINTO...que o meu tempo é conjugado no passado e muitos por mim passam, sem muito me entender.
Mas, se minhas paredes alvas são deveras antiquadas, meu espírito é jovem, sou um cantinho de sua memória.
Assim, aguardo que você VENHA: caminhe pelo meu ‘chão’ de tábuas, sinta a brisa da manhã pelas minhas janelas, OLHE minha iluminação rebuscada.
E depois de tudo ver e entender, SE (RE)CONHEÇA
Nesse acervo, que centenariamente, conta NOSSA HISTÓRIA!!
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