Movimentei meu corpo pela palavra 
Transformei minha raiva, minha revolta 
Meu banzo em poesia 
Olhei através do Òkotó de Brum
Me desconstruí, rompi minha forma e renasci
Sai das ideias de extinção da massa
E encontrei a brecha para evitar o fim do mundo 
Chamei os movimentos 
Abracei os povos florestas
Retornei água das caixas ao rio
Revi minha produção alimentar
E reescrevi o caminho do lixo
Aportei na Agroecologia 
Fiz da mudança arte
Somei eu e mais quem quiser vir
Multipliquei a sinfonia de vozes...
E banzerei.

o Poema é baseado na obra "Banzeiro de Okótó de Eliane Brum.

Garanhuns PE

Joari O. Procópio
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