Às vezes um sonho se alastra infinitamente

E corrói as emanações intrínsecas da vontade,

O desejo se torna uma obsessão e um tesão invade

O campo sensorial diagnosticando o que se sente.

 

O tempo demarca na ansiedade o filo da perspectiva

E enquanto não se consome esse veredito do prazer

Não se consuma na experiência o que vai se absolver

Dessa energia que transborda e que o coração palpita.

 

A distância é um estupro duma consciência alienada,

Na incerteza se aloja o vilão que transcende do nada

E tudo vira uma alegoria e um devaneio desatento...

 

Muitas vezes ocorre a concretização desse álibi intento

E a conclusão se anula diante dos fios dessa antena

Que mostram e anunciam que a espera não vale à pena!

 

 

DE IVAN DE OLIVEIRA MELO

Ivan de Oliveira Melo
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