O fantasma apareceu

Existia uma casa antiga
Que ninguém lá queria morar
Um fantasma aperecia à todos assustar
Naquela casa, pessoa alguma, ousava falar.

Mas como nunca fui assustado,
Resolvi àquela assombrada casa comprar
O proprietário relutou em vendê-la
Por imaginar que eu iria devolvê-la.

Mas foi diferente, seu pensar não aconteceu
Me mudei para a casa, casarão antigo...
Ao entrar lá dava medo, o respirar oscilava
Por ser lugar muito sombrio.

Passei a limpar a casa e me encontrava sozinho
Era sujeira total, já fechada a muito tempo
Muito pó, teias de aranhas por toda parte
Quando ouvi uma horrenda gargalhada...

- O que veio buscar na minha casa?
"Falou um tremendo vulto empoeirado"
Minha voz não saiu e resolvi correr
Mas em todas as partes o fantasma estava...

Portanto consegui falar, mas muito nervoso
- Esta casa agora é minha, eu a comprei!
Mas falando, desacordei por tanto medo
O fantasma levou-me a outro recinto.

Quando lá chegamos, havia um recipiente de barro,
Me mostrou e falou estar repleto de ouro
Se eu conseguisse dali tirar o tesouro
Ele iria embora com rapidez, sem embaraço.

E portanto logo acordei e fui procurar
Por aquele tenebroso lugar, que ao encontrar
Tirei o tesouro do local, o vulto desapareceu
E lá, tranquilamente rico, consegui morar...

Antonio Cícero da Silva (Águia)

Casarão antigo, onde existia um tesouro e um fantasma...

Petrolina, PE