Eterno e persistente esperar,
O ônibus,
O trem,
A sombra ao passar uma nuvem no ar do alto céu,
Arrastada pelo vento, sem direção, bem ao léu,
A medonha dor da solidão terminar,
Ela me amar,
Cansei de esperar,
Chorei de amargura
Com a dura espera,
Sofri esperando por ela,
Mas o adeus dela encerrou a espera,
Minhas lágrimas de então caíram por terra
E regaram a hera nascida dos pés dela na era da ilusão
Em que eu a amava e era ela quem não me amava,
Mas aquela luz que vem da janela dela,
Apagou-se e ela adormeceu sem abraçar o meu amor por ela
E, no escuro, eu sonhava com ela dançando com uma flor
E feliz por ser uma flor e enlouquecer o meu amor
E se recusar a dar-me a sua mão enterrada na terra do vaso de flor,
Mas eu acordei e esperei por ela,
Que não veio e me não abriu mais a janela para eu ver o rosto dela
E me não amou.
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